sábado, 29 de agosto de 2009

Em Agosto secam as fontes e ardem os montes

A primeira parte deste provérbio é apenas uma análise climatológica e hidrológica de Portugal, na maioria do seu território, neste mês central do Verão.

A pluviosidade é praticamente nula em todo o território continental o que adicionado ao clima quente e de forte insolação faz com que a hidrologia seja bastante afectada e apenas as fontes de água de maior alimentação continuam a brotar. Todas as outras de menor alimentação vêem os seus caudais reduzidos e anulados.

Mas este efeito também se transmite à vegetação onde uma baixa taxa de humidade e uma forte taxa de insolação acrescida pelo número de horas da sua duração origina que a vegetação esteja bem parca de águas, muita dela seca, originando uma boa fonte de material combustível.

Se em termos climatológicos as coisas não se têem alterado de modo muito significativo, já quanto à segunda parte do provérbio o mesmo não se pode afirmar.

É que até ao século XX os montes em Agosto ardiam ou por motivos naturais que originavam o foco de incêndio ou por alguma imprevidência nos trabalhos agrícolas sendo ambas pouco frequentes. A terceira causa, de frequência raríssima, era a de origem na malvadez humana.

No século XXI, quer os motivos naturais quer as imprevidências nos trabalhos agrícolas, continuam com a mesma baixa taxa de aparecimento. Mas já quanto à terceira causa, a malvadez humana, esta subiu para taxas de acontecimento nunca vistas, sendo quase constantes e diárias.

Já faltam poucos dias para acabar o Agosto!

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